68% dos micro e pequenos industriais terão dificuldade para pagar o 13º Salário

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  • Publicado em 30 de novembro de 2018 às 22:53
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:12
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Segundo o estudo, possibilidade de atraso no pagamento do 13º afetará ¼ das micro e pequenas indústrias

A 68ª rodada do Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, encomendado pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi) ao Instituto Datafolha, aponta que 68% dos micro e pequenos industriais terão dificuldade para pagar o 13º salário dos empregados33% afirmam ter “muita dificuldade”, enquanto 35% consideram haver “um pouco de dificuldade“. Em relação ao atraso no pagamento do 13ºuma em cada quatro indústrias considera haver a possibilidade. Como revela o gráfico a seguir:

Quadro de pagamento do 13º na Micro e  Pequena  Indústria  do  Estado  de  São Paulo

Quadro de pagamento do 13º na Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo

Fonte: Simpi/Datafolha

*Imagem disponível para download ao final do texto 

Um em cada quatro (25%) dos micro e pequenos industriais considera haver a possibilidade de pagar o 13º salário com atraso. Quanto ao pagamento do 13º salário, 72% dos dirigentes das micro e pequenas indústrias (MPI’s) afirmam que o capital próprio será o fundo mais usado para pagar os empregados. O empréstimo bancário tradicional e o empréstimo de outras fontes representam 12% das respostas e 5% para o cheque especial.

Capital de Giro Insuficiente

Em outubro, 52% dos micro e pequenos industriais afirmam ter capital de giro ‘insuficiente ou muito pouco’, ante 46% setembro. Aqueles que afirmam ter capital de giro ‘mais do que suficiente’ caiu de 9% em setembro para 7% em outubro. Para 41%, o capital de giro é ‘exatamente o que precisam’.

Segundo o presidente do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo Joseph Couri, o capital de giro assegura os gastos operacionais de uma indústria. Quando se tem a retração do capital de giro, a empresa é colocada em estado de vulnerabilidade.

“A alta nos custos de produção – especialmente nos preços administrados como água, energia elétrica, gás e combustível em 2018 -, a queda no faturamento, a dificuldade no acesso a crédito, entre outros fatores, comprometem os indicadores da saúde da micro e pequena indústria, como investimentos e o nível de emprego no setor”, afirma o presidente.

O Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, encomendado pelo Simpi e efetuada pelo Datafolha, é reconhecido como sinalizador de tendência. É importante salientar que 42% das MPIs de todo Brasil estão em São Paulo.

A íntegra das 68 pesquisas Simpi/Datafolha, desde março de 2013, está disponível no site da entidade (http://www.simpi.org.br).


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