40% dos restaurantes de São Paulo podem fechar as portas definitivamente

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de abril de 2020 às 18:45
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:38
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Número foi divulgado pela Abrasel. Demora na liberação de crédito concedido é uma das razões

​J​á há mais de um mês com as portas fechadas, muitos restaurantes podem não sobreviver à pandemia do novo coronavírus.

De acordo com pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Restaurantes (Abrasel – SP), cerca de 40% dos estabelecimentos em São Paulo e região devem fechar as portas definitivamente. 

O estudo ouviu 125 empresários que possuem, no mínimo, três negócios, totalizando 375 restaurantes.

O dado é uma média da percepção dos empresários associados à entidade, que acompanham o dia a dia do setor. 

Há uma variação entre os mais pessimistas, que apostam no fechamento de 60% dos restaurantes, e dos mais “otimistas”, que são minoria, de acordo com a Abrasel e apontam entre 10% e 20% de falências.

Esse pensamento tem como base, sobretudo, questões financeiras. Para 59% dos entrevistados, o auxílio do governo federal não atendeu às necessidades. 

Já para 35%, as medidas foram suficientes, mas a demora na liberação e a dificuldade para acesso ao crédito agravaram o cenário.

O isolamento social total é apoiado por apenas 20% dos entrevistados. Para 61%, o ideal é que as atividades econômicas comecem a retornar de forma gradual e segura. Os que apoiam a retomada imediata das atividades são 14%.

De acordo com a Abrasel, os empreendedores não estão confiantes com a retomada do comércio, pois acredita-se que os clientes levarão um tempo para se sentirem seguros, tanto do ponto de vista sanitário quanto do financeiro. 

A sugestão da entidade é redefinir estratégias, com corte de custos, priorização da limpeza do estabelecimento, cardápios enxutos e maior espaçamento entre as mesas, por exemplo.

A pesquisa identificou, ainda, que os empreendedores sentem necessidade de mais cartilhas de boas práticas que ajudem na retomada, além de acesso a mais opções de crédito, negociação de custos com fornecedores de água e energia e também com operadoras de delivery.


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